junho - 2020

Conselho Europeu aprova fundo histórico de 750 mil milhões no combate à crise provocada com Covid19

Após cinco dias de negociação os líderes europeus chegaram a um acordo para responder à crise causada pela pandemia

Depois de longas negociações, saiu fumo branco da chaminé do Conselho Europeu. Reunidos em Bruxelas, os líderes dos 27 Estados-membros chegaram por fim a um acordo que engloba um pacote total de mais de 1,8 biliões de euros para investir na recuperação da União Europeia (UE) após a crise provocada pela Covid-19. O montante engloba um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros e o novo quadro financeiro plurianual no valor de 1,074 biliões de euros. Os detalhes ficaram fechados numa sessão plenária que arrancou às 5h15 locais, menos uma hora em Lisboa.

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O acordo foi anunciado pelo presidente do Conselho Europeu com uma só palavra: “Acordo!”, exclamou Charles Michel no Twitter. Em comunicado, Charles Michel deu mais detalhes e anunciou que os líderes europeus também chegaram a um acordo em torno do orçamento plurianual da UE: “Decidimos apoiar um orçamento para os próximos sete anos no montante de 1,074 biliões de euros. Decidimos mobilizar 750 mil milhões de euros para apoiar a capacidade de recuperação da economia. A Europa está unida, a Europa está aí“, afirmou o presidente do Conselho Europeu.

 

Portugal tem quase 58 mil milhões para executar em dez anos

Numa conferência de imprensa à saída do Conselho Europeu, António Costa, primeiro-ministro português, detalhou o que este acordo significa para Portugal. “Entre aquilo que são as verbas disponibilizadas pelo próximo quadro financeiro plurianual e as verbas mobilizadas a partir do programa de recuperação, Portugal terá disponíveis um total de 45,085 mil milhões de euros. 15,266 mil milhões de euros em subvenções e o acesso a 10,8 mil milhões de euros em empréstimos”, assegurou o primeiro-ministro.

 

“No conjunto, nestes dez anos, Portugal terá para executar um total de 57,9 mil milhões de euros. Obviamente, é um enorme desafio”, reconheceu António Costa, sinalizando que o país terá de executar fundos a uma média de 6.000 milhões de euros por ano quando, historicamente, a média ronda os 2.000 milhões a 3.000 milhões de euros anuais.

 

. “Um sinal de confiança à Europa e a Portugal para a recuperação económica face à pandemia da Covid-19”, frisou  o Primeiro Ministro.

 

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